quarta-feira, 31 de agosto de 2011

FILMES DE AGOSTO

Este mês fui pouco ao cinema, assisti apenas três filmes na tela grande. Nenhum deles blockbuster. Comecei o mês com o drama italiano Saturno em oposição de Ferzan Ozpetek, mesmo diretor de O primeiro que disse de 2010 do qual gostei bastante. Não tive a mesma satisfação com este Saturno, mas também não deixei de gostar. De forma singela, nostálgica e dramática o filme narra a história de um grupo de amigos bem ecléticos que precisam aprender a lidar com seus dilemas e angústias após a morte prematura de um dos membros do grupo. O elenco com belas atrizes e lindos atores é um bálsamo para os olhos, em especial o espetacular Luca Argentero (o mesmo que ensinou italiano a Julia Roberts em Comer Rezar Amar) que enche a tela com sua beleza fascinante. Draminha bem estilo sessão da tarde, mas pra quem gosta de um chororô misturado com algumas boas risadas tá valendo.

O segundo filme foi o pretencioso Melancolia de Lars Von Trier. Confesso que fui com muita sede ao pote pra assistir a este filme do mesmo diretor de Dogville que é um dos filmes que mais amei na vida. A decepção só não foi maior porque entrei no cinema com a nítida certeza de que uma experiência como Dogville só se tem uma vez na vida, mas ainda assim esperava um filme que me tirasse o fôlego, afinal a história prometia. Tirando a deslumbrante fotografia, nada funcionou no filme pelo menos pra mim, tive sono durante as arrastadas mais de duas horas de projeção e isso é um péssimo sinal, cochilar dentro do cinema pra mim é gravíssimo quase um crime inafiançável, mas fui forte e aguentei firme até o final pra sair do cinema com a melancólica sensação de ter desperdiçado o dinheiro do ingresso.

Por fim, pra recuperar o tempo perdido com Melancolia fui procurar junto com Bruna Lombardi Onde está a felicidade? Não há muito o que dizer sobre o segundo filme de Carlos Alberto Riccelli. A história se passa entre São Paulo e Santiago de Compostela dando um pulinho no Piauí lá no final. É um filme colorido, histérico e quase engraçado que tenta passar uma mensagem clichê e sem graça. Quis ver esse filme porque gosto muito da Bruna Lombardi e adorei seu último filme O signo da cidade, também com direção do marido. Assistindo Onde está a felicidade? e comparando os dois longas fica muito claro que marido e mulher funcionam muito melhor no drama que na comédia até porque La Lombardi tem uma elegância e sofisticação que não combinam com o espírito meio escrachado do segundo filme, que tenta descaradamente beber na fonte das comédias Almodovarianas mas não consegue chegar nem aos pés. Em suma se não tiver nenhuma opção melhor assista, pode ser divertido.